quarta-feira, 3 de julho de 2013

As Marcas da Primeira Vez


É algo que todos concordam: a primeira vez, seja ela em que área da vida for, é marcante. E essas marcam nos acompanham por toda a vida, trazendo lembranças carregadas de nostalgia ou dores. 

Sempre me lembro das primeiras vezes quando estou conversando com meus filhos. Os filhos tem curiosidade em saber como os pais se comportavam quando tinham a mesma idade deles e vez ou outra me vejo voltando ao passado. Lembro-me de outras coisas quando estou conversando com amigos ou conhecidos sobre os medos que o desconhecido trazem para nós.

Tem coisas que eu nunca vou me lembrar, por mais que me esforce: a primeira vez que chorei, que falei, que andei... essas memórias estão gravadas na mente da minha mãe. Me lembro da primeira vez que subi a escada sozinha, sem a ajuda de outra pessoa, e meti o nariz no degrau! E parecia que eu não aprendia: tinha pressa de subir e sempre pisava em falso e batia o nariz novamente!

Lembro do meu primeiro dia de aula na Escolinha Pimpolho (sim, lembro o nome!). Eu estava com um medo absurdo de ficar longe da minha mãe. Fiquei ao lado do Tio Toni, meu professor, até a hora em que a porta se fechou, olhando fixamente para a minha mãe. Lembro do desespero que senti quando fui olhar pela fresta da porta e não a via mais na rua e chorei. Copiosamente.

A primeira vez que ganhei um sorteio e nem sabia que estava participando. Quando eu cursava a 2ª série, meus pais compravam muitos gibis para estimular a minha leitura e a do meu irmão. Na época, a Editora Abril estava promovendo sorteios no Programa da Mariane no SBT, onde as pessoas tinham que comprar os gibis da Turma do Donald, recortar 3 selos que vinham na capa e enviar para o programa. Minha mãe enviou no meu nome e eu fui sorteada. Ganhei a bicicleta e veio outra primeira vez: pedalar a bicicleta.

Lembro da primeira vez que precisei falar em público. Desde pequena eu gostava - ainda gosto - de falar, falar, falar... Mas quando eu precisei falar em público, tremi na base! Consegui falar sem gaguejar, mas o corpo todo tremia. Depois que tudo passou, respirei aliviada. Nas outras vezes que precisei falar em público, senti o frio na barriga e a tremedeira habitual, mas segui confiante.

Nossa, se eu for buscando pela memória, foram tantas as primeiras vezes que não daria para colocar somente em uma postagem. Outro dia, lendo o blog da Déia o Dicas de Relacionamento, li uma postagem que me chamou muito a atenção pela quantidade de comentários. Era uma postagem sobre a primeira relação sexual. Dá pra ver que em pleno século XXI, com essa tecnologia toda e a internet com tantos sites, a tv com tantos programas, as pessoas ainda tem dúvidas sobre sexo. Na minha época eu também tinha muitas dúvidas, mas não havia tantas informações disponíveis como hoje. Assim como o primeiro beijo, não sabia o que fazer, como fazer... depois que tudo passa, vemos que o segredo é deixar acontecer naturalmente e deixar rolar. 

Ainda há muita coisa a ser vivida e quero viver muitas outras primeiras vezes. Nem que seja para fazer outra vez a primeira vez. Diante da correria do nosso dia a dia, deixamos de fazer tantas coisas e muitas vezes só damos valor quando acontece algo que nos para e faz com que reflitamos se estamos vivendo a vida de forma a aproveitá-la como vida. Às vezes queremos e ansiamos tantas coisas e passamos os dias trabalhando e estudando a finco e esquecemos de que precisamos de lazer e de curtir a vida ao lado de quem está do nosso lado. E aí, qual foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?

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Oleh

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