sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Estimulando o outro a alçar voos altos


Esse menininho da foto é o meu caçulinha, João Marcos. Essa semana foi a formatura dele e a partir do ano que vem, ele estará cursando o 1º ano do Ensino Fundamental.

Durante a cerimônia, com a leitura de vários agradecimentos, juramentos, apresentação de músicas e danças, antes da entrega dos certificados, a professora ia lendo uma breve biografia do aluno, mais ou menos assim:

João Marcos é filho de Claudio e Jacqueline. Gosta do Ben10 e de brincar de super-heroi. Quer ser bombeiro quando crescer.

E em seguida, recebia o certificado e o aplauso de todos os presentes. Como mãe, lógico, fiquei toda babona, porém eu fiquei preocupada com alguns dos alunos ali presentes. Aqui em casa, sempre estimulamos nossos filhos a querer sempre mais, a estudar e batalhar, a ter ambição. Vi tantos alunos querendo outras coisas, como ser cozinheira ou trabalhar em um supermercado... não que essas profissões sejam indignas, mas demonstra que os pais não orientam seus filhos para o futuro.

Desde pequena, quando escutava "O que você quer ser quando crescer?", sempre respondia professora ou pediatra. Meu irmão do meio sempre dizia que queria ser policial e naquela época (entre 1987/1988), as pessoas sempre falavam "Você quer matar pessoas então?", sempre ligavam a profissão de policial à matador, porém meu pai trabalhou como policial durante 30 anos e até hoje não fiquei sabendo de uma morte na sua ficha. Voltando ao assunto das profissões, sempre que afirmávamos o que queríamos, nossos pais sempre falavam para a gente estudar e focar, não ficar nos espelhando em nossos primos que largavam os estudos e iam se virando arrumando bicos. Meu irmão é policial há 10 anos, eu tentei ingressar na polícia também mas durante o tempo em que me preparei para a prova, percebi que isso não era para mim. Estou na reta final do curso de graduação de Pedagogia, já pensando se faço  minha pós em Psicopedagogia ou Neuropedagogia, e hoje eu vejo que nasci para essa profissão ao ponto das professoras de estágio afirmarem que sou professora nata até no meu comportamento.

O mesmo conselho que meus pais me davam, hoje eu e o Claudio damos aos nossos pequenos, e é muito bom constatar a demonstração deles em querer saber mais, em ver além do que costumamos ver. Mais feliz ainda em vê-los construindo seus saberes e conhecimentos e argumentando com eloquência aquilo que acreditam!


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Oleh

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