quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Inspirando os filhos


Na minha infância, eu e meu irmão eramos muito criativos na hora de brincar... acredito que essa criatividade se dava, principalmente, porque não tínhamos tantos brinquedos e muito menos tecnologia como computadores e celulares. Somos da época em que ganhar brinquedo era só no aniversário, dia das crianças ou natal.

Uma das coisas mais marcantes que me lembro com grande apreço era na época em que nossa mãe fazia curso de corte e costura e passou a trabalhar como costureira. Devíamos ter entre 10, 11 anos e ficávamos debaixo da mesa enquanto ela traçava os moldes das roupas, recortava o papel manilha e esse papel caía ao chão, pegávamos e recortávamos transformando-os em páginas que em seguida seriam transformadas em livros com nossas histórias. Eu sempre escrevia romances e meu irmão escrevia histórias de ação muito bem ilustradas porque sempre foi um desenhista de mão cheia. E toda história que ele escrevia, era estrelada por seu boneco Billy do Comandos em Ação. Eu me lembro de algumas histórias que escrevia, totalmente água com açúcar, como mocinhas que sofriam nas mãos das bandidas mas que no final, triunfava com o mocinho e terminavam felizes para sempre.

Mas nunca pensei em guardar esses tesouros, todos foram guardados na mente e no coração. Sempre que converso com meus filhos sobre minha infância, faço um resgate da maioria das coisas legais que marcaram positivamente a minha vida e olho para trás com uma certa nostalgia: livros, brincadeiras, amizades e tantas outras coisas que construíram a pessoa que sou hoje.

Porém a surpresa maior ficou por conta do meu filho Claudinho nesse fim de semana: enquanto aguardávamos a costela sendo assada na churrasqueira, ele munido de papel e caneta escrevia mais uma estória de terror (essa que ilustra a postagem). Meus olhos enxeram de lágrimas e meu coração de orgulho. Quem ama a leitura e a escrita sabe o que significa isso. É muito gratificante quando sabemos que inspiramos outras pessoas, e inspirando os próprios filhos sem forçar, sem exigir, sem criar expectativas é um presente!

E nós queremos ir além: digitar e montar nosso próprio livro de estórias, dos três irmãos bolando textos, digitando e ilustrando. Seria algo como uma marca dos Buenos e deixar registrada na nossa história um tesouro para ser compartilhado com as gerações que virão depois de nós.


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Oleh

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