Verás que um filho teu não foge à luta

Ontem, pela manhã, a primeira frase que li ao abrir meu Facebook foi: "Verás que um filho teu não foge à luta", inclusive compartilhada por vários usuários. Me deixa muito feliz ao ver tantos brasileiros inconformados com a atual situação do nosso país, lutando para que haja mudanças na nossa política.

Como docente do curso de Pedagogia, aprendi que como professora eu sou mediadora do conhecimento do meu aluno e responsável pelo seu desenvolvimento cognitivo, tendo compromisso em formá-lo cidadão crítico e reflexivo que transforma a sociedade. Um cidadão que pensa é um perigo para os governantes e acredito que seja por isso que se investe tão pouco na educação do nosso país.

Não me lembro muita coisa da época do Impeachment do Collor, nem do movimento dos caras pintadas, mas acredito que essa manifestação pública que aparece praticamente todos os dias tem uma ampliação bem maior do que daquela época. Não sabemos o que nos aguarda daqui em diante, mas espero que tudo isso traga mudanças significativa para nós.

Só espero que os "leões" que estão rugindo nas ruas, com placas na mão gritando HONESTIDADE, não se tornem "burros" nas próximas eleições. Quando eu me mudei para Campo Mourão, muita gente reclamava do prefeito da cidade que não fazia nada pela cidade. Nas eleições, disputando a reeleição com ele havia um outro candidato que já havia sido prefeito que trabalhou com excelência na cidade. Para quem o povo votou? Elegeram aquele que ficaram meses e meses reclamando que nada fazia. Não sei o que acontece com esses eleitores, que sofrem de amnésia nas eleições e todos nós sofremos. É hora de dar um basta!

Quero aproveitar e deixar aqui no blog o texto que escrevi para participar do projeto Leio, por isso escrevo que foi realizado no ICD Unicesumar da minha cidade, no ano passado, e com o qual alcancei o 2º lugar para a nossa reflexão:

Tutora Graziela Pereira e Jac Bagis

Chega de se conformar eleitor brasileiro!

Não é de hoje que muitos brasileiros estão insatisfeitos com a situação política do nosso país. Basta olhar para o passado: eleições onde um rinoceronte, um bode e um macaco receberam mais votos que os candidatos que concorriam ao mesmo cargo.

Com o advento da urna eletrônica, o eleitor protesta votando no candidato mais absurdo. Quem perde somos nós que a cada nova eleição damos um novo tiro no pé ao banalizar a política e despolitizar a sociedade.

Cheguei a pensar que a política no Brasil havia chegado ao fundo do poço quando o Palhaço que dizia “pior que tá não fica.”, foi eleito com mais de um milhão de votos, sem sequer saber o que faria caso assumisse esse cargo que pleiteava. E a cada nova eleição os brasileiros vão cavando esse poço cada vez mais fundo ao votar por votar ou pela obrigação do voto.

O cidadão brasileiro anseia por uma política verdadeiramente pública. Infelizmente a conformidade com a atual situação impede mudanças. Poderíamos começar pela semana da Pátria agindo de forma diferente dos outros anos: saindo às ruas em protesto e declarando uma nova independência: rompendo com os laços da corrupção e da desonestidade exigindo transparência em todo o processo e punição imediata quando alguém transgredir; e da conformidade de ver a política como está, ao invés de continuarmos bancando mulher de malandro que gosta de apanhar e sofrer mas não larga seu homem. Já passou do tempo de acordar e romper as amarras, deixando de ser conhecido apenas como o país do futebol e do carnaval. É tempo de ser o país da saúde, da educação e da segurança.

Não adianta cruzar os braços deixando a Deus dará. Agora é a hora de votar consciente e independente de quem seja eleito, acompanhar o seu trabalho e cobrar postura, ética, transparência e honestidade acima de tudo. Democracia não é apenas ter o direito de escolher seus governantes mas ser um cidadão qualificado através da educação a poder usufruir desse direito. Que possamos demonstrar que temos inteligência e discernimento em escolher pessoas íntegras e dignas de confiança.